quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

"A culpa é das estrelas"- Resenha com SPOILER

"A culpa é das estrelas narra o romance de dois adolescentes que se conhecem (e se apaixonam) em um Grupo de Apoio para Crianças com Câncer: Hazel, uma jovem de dezesseis anos que sobrevive graças a uma droga revolucionária que detém a metástase em seus pulmões, e Augustus Waters, de dezessete, ex-jogador de basquete que perdeu a perna para o osteosarcoma. Como Hazel, Gus é inteligente, tem ótimo senso de humor e gosta de brincar com os clichês do mundo do câncer - a principal arma dos dois para enfrentar a doença que lentamente drena a vida das pessoas. Inspirador, corajoso, irreverente e brutal, A culpa é das estrelas é a obra mais ambiciosa e emocionante de John Green, sobre a alegria e a tragédia que é viver e amar."



Há mais ou menos 3 meses eu li uma resenha sobre esse livro e foi amor à primeira vista. Desde então, vivia procurando ele, até que um dia desses o encontrei DEPOIS DE LIGAR EM TODAS AS LIVRARIAS DE BRASÍLIA! Mas a procura valeu a pena. Esse livro me fez chorar mais que todas as vezes que eu chorei lendo outros livros.

Ele relata a história fictícia de Hazel, uma paciente terminal do câncer, e Augustus, um ex-jogador de basquete que perdeu uma perna em consequência do osteosarcoma. Eles se conheceram no Grupo de Apoio (que é tipo um grupo de pessoas que sofrem de diferentes tipos de câncer). Acontece que eles se tornam muito amigos. Gus com seus olhos lindamente azuis, sua "perna falsa" (prótese), e sua voz irresistível. E Hazel com seu cilindro de oxigênio (Felipe), e seus pessimismos.

Augustus se apaixona por ela, mas ela não queria mais uma pessoa na vida dela, pois se considerava uma granada, uma granada que explodiria (quando ela morresse) e feriria os que estavam ao seu redor. Quem disse que ele se importava? Ele estava apaixonado por ela, como poderia conter uma paixão?

No decorrer do livro, Augustus e Hazel viajam para Amsterdã a fim de conhecer o escritor do livro predileto dela, que deixou curiosidade sobre o que acontecia com os personagens depois que o livro acabou repentinamente. Hazel era realmente desesperada por saber o que acontecia com os outros personagens. Acontece que o tal escritor, Peter Van Houten, não era quem eles pensavam que fossem, e os tratou com certa ignorância e maldade. Foi nessa viagem que Hazel se apaixonou por Gus, "(...) me apaixonei do mesmo jeito que alguém cai no sono: gradativamente e de repente, de uma hora pra outra".

Tudo estava perfeito, até Augustus revelar a ela que o câncer tinha voltado. Ao retornarem pra casa, Gus passou por vários tratamentos, estava tomando muitos remédios, e ele já não tinha mais a saúde de ferro que tinha antes. Ele estava morrendo. E, por isso, queria ouvir os elogios fúnebres de Hazel e de seu amigo Isaac. O de Hazel é realmente emocionante:
" - Não posso falar da nossa história de amor, então vou falar de matemática. Não sou formada em matemática, mas sei de uma coisa: existe uma quantidade infinita de números entre 0 e 1.Tem o 0,1 e o 0,12 e o 0,112 e uma infinidade de outros. Obviamente, existe um conjunto ainda maior entre o 0 e o 2, ou entre o 0 e o 1 milhão. Alguns infinitos são maiores que outros. Um escritor de quem costumávamos gostar nos ensinou isso. Há dias, muitos deles, em que fico zangada com o tamanho do meu conjunto ilimitado. Queria mais números do que provavelmente vou ter, e, por Deus, queria mais números para o Augustus Waters do que os que ele teve. Mas, Gus, meu amor, você não imagina o tamanho da minha gratidão pelo nosso pequeno infinito. Eu não o trocaria por nada nesse mundo. Você me deu uma eternidade dentro dos nossos dias numerados, e sou muito grata por isso."

DDDD':



Ele morreu oito dias depois disso, e o autor fala isso de uma forma tão natural talvez porque ele já tenha  preparado emocionalmente os leitores no decorrer da leitura do livro. Augustus tinha "medo de ser esquecido, como um cego tem medo de escuro". Então, há uma parte do livro que Hazel coloca uma bandeirinha da França no túmulo de Gus, pra que pensassem que ele era um integrante da legião francesa, ou algum mercenário heroico, mesmo sabendo, como a própria Hazel diz, que "vai chegar um dia em que não vai sobrar nem um ser humano sequer para lembrar que alguém já existiu ou que nossa espécie fez qualquer coisa nesse mundo".

Acontecem muitas outras coisas no livro, que se eu relatasse, a resenha ficaria maior do que já está. E só é possível descrever o quanto esse livro é maravilhoso, e PERFEITO, e tudo o mais se eu digitar o livro todo aqui. Eu simplesmente AMEEEEEEEEEI DE VERDADE esse livro. Me identifiquei com a Hazel, e seu modo de pensar algumas vezes, e pelo fato de que ela ama ler; amei as frases totalmente filosóficas e inteligentes do John Green; simplesmente amei esse livro.

A respeito do título, John diz: "Bem, na frase de Shakespeare, "estrelas" significam "destino". No texto original, o nobre romano Cássio diz a Bruto: "A culpa, meu caro Bruto, não é de nossas estrelas / Mas de nós mesmos, que consentimos em ser inferiores." Ou seja, não há nada de errado com o destino; o problema somos nós
Bem, isso é válido quando estamos falando de Bruto e de Cássio. Mas não quando estamos falando de outras pessoas. Muitas delas sofrem desnecessariamente, não porque fizeram algo de errado nem porque são más ou sei lá o quê, mas porque dão azar. Na verdade, as estrelas têm muita culpa, sim, e eu quis escrever um livro sobre como vivemos num mundo que não é justo, e sobre ser ou não possível viver uma vida plena e significativa mesmo que não se chegue a vivê-la num grande palco, como Cássio e Bruto."

Então, parabéns John Green (o qual eu chamo carinhosamente de João Verde) por ter escrito esse livro tão maravilhoso, que foi e será único na minha vida.



domingo, 10 de fevereiro de 2013

Carnaval

O carnaval serve pra que todos os pontos negativos da sociedade se manifestem em um só dia. Eu, sinceramente, tenho vergonha de todos os brasileiros que comemoram essa festa.
O Carnaval é apenas uma desculpa para as pessoas se fantasiarem, sambarem (o que é ridículo), se embebedarem, dar trabalho à polícia, e fecharem seus estabelecimentos, principalmente as livrarias, para que PESSOAS COMO EU, QUE NÃO COMEMORAM ESSA FESTA RIDÍCULA, NÃO TENHAM O QUE LER!
Mas, apesar de eu não ter o que ler, eu não vou entrar na farra. Vou ir pra fazenda me isolar até que tudo isso acabe, obrigada.


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Meta de 2013


  • Meu Pé de Laranja Lima- José Mauro de Vasconcelos
  • Os 13 Porquês- Jay Asher
  • A Culpa é das Estrelas- John Green
  • Lola e o Garoto da Casa ao Lado- Sthephanie Perkins
  • O Filho de Netuno- Rick Riordan
  • Feliz por Nada- Martha Medeiros
  • Do Seu Lado- Fernanda Saads
  • Coração de Tinta- Cornelia Funke
  • A Escolha- Nicholas Sparks




domingo, 3 de fevereiro de 2013

Adeus, férias. Até julho.

É o fim.
Não vou poder mais acordar tarde, nem ficar o dia todo lendo, ou mexendo no pc, ou tocando violão.
Isso só poderei fazer daqui a 6 infinitos meses :(
Essas férias foram tão boas! Aprendi a tocar várias músicas novas, li alguns livros, rebloguei uns 4.000 posts no tumblr, fui pra praia e descobri que minha pele é antibronzeado, não ganhei um cachorro, cortei meu cabelo e ficou uma merda e engordei uns 5 quilos.
Escola. Professores. Dever de casa. Provas. 9º ano D;
Mas foi bom enquanto durou, apesar de eu não ter feito nada interessantemente interessante.
A escola pública só retorna às aulas dia 14, e isso muita gente já jogou na minha cara, mas eu sobrevivi ao lembrar que as minhas aulas sempre acabam antes do que as deles, e esse é o único pensamento que me tranquiliza.
E agora o fim das férias chegou e eu percebi que esse será o último dia que eu poderei dormir por 24 horas.  Então hoje eu vou me despedir das férias dormindo o dia todo (:
Admito que eu estou animada pra rever algumas pessoas, mas essa animação vai acabar na metade da primeira aula. É a vida.



sábado, 2 de fevereiro de 2013

Resenha: "O Diário de Anne Frank, edição de bolso"

"12 de junho de 1942 - 1° de agosto de 1944. Ao longo deste período, a jovem Anne Frank escreveu em seu diário toda a tensão que a família Frank sofreu durante a Segunda Guerra Mundial. Ao fim de muitos dias de silêncio e medo aterrorizante, eles foram descobertos pelos nazistas e deportados para campos de concentração. Anne inicialmente seguiu para Auschwitz e mais tarde para Bergen-Belsen."



É triste saber por tudo que Anne Frank passou... Se todos se dessem bem no Anexo, e se alguém a compreendesse talvez ela não teria sofrido tanto. Anne diz que se sentia no topo do mundo, e nas profundezas do desespero ao mesmo tempo. No topo do mundo porque ela é privilegiada comparando com os outros judeus que foram capturados. E nas profundezas do desespero porque ela não tem liberdade como as pessoas que não são judias. Pelo menos ela tem com quem desabafar (Kitty). Não é um ser humano, nem nada assim, mas é a única amiga dela. Esse é um livro muito triste... Eu shippava Peter e Anne D; Mas, mesmo não relatando no livro, eu tenho certeza de que Anne Frank lutou até o fim, porque ela sonhava com a liberdade :/ Mas, com esse livro, Anne fez as pessoas perceberem que somos todos iguais. Não há porquê desprezar os judeus, pois todos somos iguais, não há ninguém melhor que ninguém. Tudo aquilo que fizeram com os judeus foi uma injustiça. As pessoas do Anexo foram fortes em permanecerem lá apesar das brigas, da baixa qualidade da comida, e de muitas outras coisas. Mas, se quase todos morreram, foi pra mostrar algo pro mundo, despertar a mente de alguns, e emocionar outros.