sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Resenha "Eleanor & Park", Rainbow Rowell

Bom dia/boa tarde/boa noite, dependendo de quando você esteja lendo esse texto.

Gente, juro pra vocês que eu comprei esse livro por causa da capa. Ah, fala sério, a capa é perfeita! Sei que é o pior dos critérios pra escolher um livro, mas acertei dessa vez.

O livro conta a história de, obviamente, Eleanor e de Park (16 anos, ambos) no ano de 1986. Eleanor é uma garota "grande" (se diz gorda), ruiva, que se veste como um garoto e não tem dinheiro pra comprar sequer uma escova de dente. Eleanor acaba de voltar pra casa de sua mãe, onde vivem seus quatro irmãos  e seu (matável) padrasto, chamado também de Richie.

Já Park tem uma família bem estruturada, descendência coreana e tem condições para comprar mais que uma escova de dente. Um cara apaixonado por música punk e HQ's.

Eles se conhecem no ônibus, onde sentam um ao lado do outro mesmo Park achando a garota estranha e etc. Acabam se gostando, em meio a semelhanças e diferenças ao mesmo tempo, fitas com músicas dos Smiths, The Cure; em meio a debates sobre as HQ's lidas e os gostos em comuns. Não só isso, acabam se apaixonando em meio a toques, olhares, gestos e palavras.

Interessante como apenas eles vêm a beleza um do outro. Não é como se os garotos se interessassem por ruivas gordas e as garotas por coreanos, não quando não há mais ninguém como eles (sim, há exceções, mas enfim, continuando...). E não apenas beleza estética. Eles descobriram que se completam, que há saudade quando não estão juntos.

A história vai decorrendo: o primeiro beijo de Eleanor, a primeira paixão, a felicidade e, logo depois, as complicações, a tristeza e, enfim, o fim... do livro. Hahaha

"Era muito raro encontrar alguém assim, ele pensava. Alguém para amar para sempre; alguém que também o amaria pra sempre"


Pessoalmente, me apaixonei por esse livro. "Eleanor & Park" de Rainbow Rowell, publicado pela editora Novo Século fala sobre o primeiro amor, quando os sentimentos são novos pra gente e como tudo isso é fadado a não dar certo, a romper relações e corações. Sim, há partes do livro muito clichês, aquele blá blá blá... Mas nada que a gente não suporte, nenhum livro é perfeito.

É daqueles que não dá pra você explicar a maravilhosidade, daqueles que você precisa ler pra entender a complexidade dos personagens, a complexidade de tudo. O tipo de livro que faz você sofrer com os personagens, com as injustiças que eles sofrem. Um romance juvenil mais maduro que os demais, mais que um namorinho bobo de escola, muito mais que isso.

Em algumas partes Rowell coloca nomes de músicas. Ouvi todas, e não gostei de nenhuma. Que me perdoem Joy Divison, The Cure e todos os outros.

Eu amei os quotes. São perfeitos.

Ps: Leiam.